8 filmes de terror que são ótimas adaptações de livros

4.513 visualizações 0 comentários 01 Jul, 2016

Todo mundo que gosta de uma boa história já comentou que "o filme nunca é tão bom quanto o livro". Mas, às vezes, essa frase não é inteiramente verdade! Há diversas versões cinematográficas de livros que, no fim, acabaram por melhorar o enredo ou até corrigir falhas literárias.

Como forma de provar essa teoria, o site Bloody Disgusting fez uma lista com algumas obras do cinema de terror que são sucesso de crítica e bilheteria, e consequentemente vistas como equivalentes ou até melhores que os livros em que foram baseados. Confira abaixo uma comparação entre oito filmes de terror e as literaturas que os inspiraram.

O Bebê de Rosemary (Polanski, 1968)

O livro de Ira Levin (1967) é considerado uma obra literária de grande mérito. Logo, sua adaptação em filme não poderia fazer feito. O diretor Roman Polanski faz um ótimo trabalho ao melhorar a atmosfera de tensão e intensificar o medo que o autor descreve magistralmente. Apesar de muitos fãs do gênero ficarem decepcionados com a falta de cenas gore, a vinda do anticristo, aqui, dá origem a uma obra atemporal, repleta de metáforas e intertextualidade, um clássico do cinema de Polanski. Aliás, o próprio diretor incorpora sua história pessoal para dentro de seus filmes, resultando em composições de um homem atormentado.

O Exorcista (William Friedkin, 1973)

Para quem gosta de uma leitura aterrorizante, o livro homônimo de William Peter Blatty (1971) oferece descrições de arrepiar até mesmo céticos. Aliás, a história descrita na obra é supostamente baseada em um caso real de possessão demoníaca que aconteceu em Maryland, em 1949. Sua adaptação para o cinema carrega o clima de horror em cada cena, incluindo até uma edição de som reconhecida como uma das melhores da história do cinema de terror. Para produzir o grunhido do demônio, por exemplo, foram captados sons de porcos e vacas sendo levados para o abate em uma fazenda!

Tubarão (Steven Spielberg, 1975)

O clássico filme de Spielberg melhora muitos dos erros cometidos por Peter Benchley em seu livro (1974). Há diversos pontos considerados falhos ou supérfluos pelos críticos, que foram cortados do longa, tal como o caso de Ellen com Matt e a morte de Matt na gaiola do tubarão. Até mesmo o final foi alterado, deixando-o mais tenso e catártico, enquanto no livro o tubarão quase nem se afoga. Parece que Spielberg quis dar algo mais explosivo para a sua audiência, e deu certo!

Grito de Horror (Joe Dante, 1981)

O filme foi baseado no livro The Howling, de Gary Brandner (1977). A obra literária ficou amplamente conhecida após o lançamento do longa. A produção de Dante supera o livro, segundo críticos e público, principalmente por incluir novas cenas originais no enredo, corrigindo falhas e mudando o final. O livro encerra com Karen, personagem principal, escapando de uma montanha em chamas enquanto escuta o som de lobos à distância. Já o filme foi mais impactante em diversos pontos, como ao encerrar com Karen se transformando em lobisomem, ao vivo, na televisão. O sucesso foi tanto que o filme gerou várias sequências.

O Enigma de Outro Mundo (John Carpenter, 1982)

Também conhecido como The Thing, o filme foi baseado no livro de John W. Campbell, Who Goes There? (1938), que une ficção científica com horror. Em 1973, a história foi votada como uma das melhores de seu gênero, o que lhe garantiu, anos depois, uma ótima adaptação para o cinema. O longa de Carpenter pode ter sido um fracasso de bilheteria na época, mas ficou na memória de muitos, valorizando-se com o tempo até virar um cult! Hoje, a obra cinematográfica é considerada tão boa quanto o livro que lhe deu origem, fazendo jus à incrível história, aos efeitos descritos e ainda inspirando diversas adaptações e remakes.
 

Psicopata Americano (Mary Harron, 2000)

O livro de Bret Easton Ellis (1991), que leva o mesmo nome do filme, foi um dos lançamentos mais polêmicos da década. Harron conseguiu transformar a obra de um autor respeitado e com uma legião de fãs em algo realmente especial. A literatura de Ellis é gore, tendo sua depravação e niilismo como características adoradas por seu público. O filme, assim, seguiu essa linha, porém empregando um estilo peculiar da diretora, que também esteve por trás das séries Six Feet Under e Big Love. Sem contar que temos um Christian Bale impecável. O resultado são duas obras controvérsias que se conversam e se merecem.

Audition (Takashi Miike, 1999)

Esse filme de terror japonês é baseado em um romance de Murakami Ryu de mesmo título (1997). Segundo críticos, após a história ganhar as telas do mundo todo, o livro de Ryu perdeu seu encanto, parecendo como um rascunho de roteiro. Apesar de ser considerado um bom autor e ter tido boa parte de sua obra traduzida para o inglês, a direção de Miike impressiona os fãs de terror, principalmente aqueles que apreciam as produções japonesas do gênero. Apesar de não ser um filme para todos, com particularidades que o tornam difícil de digerir (é visceralmente impactante!), ao longo dos anos ganhou um culto de seguidores.

As Ruínas (Carter Smith, 2008)

Há quem defenda que este é um bom filme. Independente de ser ou não, o que importa aqui é dizer que o livro de Scott Smith de mesmo nome (2006) foi adaptado de forma correta. Afinal, Smith foi também convidado a escrever o roteiro do longa, o que lhe garantiu casar fidelidade com originalidade sem muitos problemas. Sem ir muito além da história contada na obra literária, o filme conseguiu manter-se em território seguro, evitando cair no ridículo ao contar uma história sobre plantas assassinas no México. Por isso, a produção cinematográfica de baixo orçamento recebeu o mérito de ser um sucesso de bilheteria, e até acabar gerando um certo buzz ao autor Scott Smith e seus próximos livros.

Tem algum outro filme de terror em mente que também se encaixa na lista? Não deixe de comentar por aqui!