6.341 visualizações 0 comentários 21 Dez, 2016
Pânico (Scream), série de filmes americana de terror criada por Kevin Williamson e Wes Craven, fez 20 anos dia 10 de dezembro. Lançado em 1996, o primeiro longa é considerado um "meta slasher" que desconstruiu o gênero e tornou-se uma das mais icônicas produções de terror de todos os tempos.
O que poucos sabem é que sua origem foi muito humilde, onde nem mesmo o elenco acreditava que o filme daria em alguma coisa, quanto mais tornar-se uma franquia tão famosa que hoje em dia possui até uma série de TV.
Em entrevista ao site Consequences of Sound, celebrando o 20º aniversário de Pânico, o ator Matthew Lillard (que interpretou o vilão secundário Stu Macher, melhor amigo e dupla do maligno Billy Loomis) relembra um pouco da produção do filme e o início de tudo.
Era um filme de terror pequeno, que normalmente não iria significar nada. Essa era a minha mentalidade: o momento não é dos melhores, este não é um filme importante, isso não é nada de especial.
Para Lillard, que estava no começo de sua carreira, este era um filme sem muita importância, como outros que já havia participado. E esse sentimento parecia estar dentro do próprio set de filmagem. Lillard lembra, por exemplo, que o diretor Wes ainda não havia encontrado a máscara perfeita para a história quando as filmagens começaram.
Além disso, o próprio elenco era desconhecido. Courteney Cox era a única celebridade, porém não atraía tanta bilheteria assim. E Neve Campbell era conhecida como a "garota do Party of Five", seriado em que atuava na época.
Mas isso nos levou ao sucesso do filme. Ninguém esperava. Não havia muitas mãos nisso. Não havia ninguém testando algo por 12 vezes. Não havia uma quantidade enorme de pessoas reescrevendo o fim ou executivos com diplomas de Harvard falando como fazer o filme. Era apenas Wes Craven, que havia feito isso sua vida inteira, e estava fazendo o melhor que podia.
Outro fator interessante de produção foi que, na época em que Pânico foi feito, os grandes estúdios estavam fazendo um esforço consciente para não datar os filmes a este período específico de tempo. Mas Pânico fez diferente, ousando e tornando-o especial.
Antes de Pânico, houve um verdadeiro esforço para fazer filmes atemporais, que não fossem datados e que ficassem longe de referências populares. E uma das coisas que o [roteirista] Kevin [Williamson] fez foi justamente jogar essa ideia fora e focar-se totalmente no agora.
Veja alguns exemplos de referências temporais no trailer abaixo.
O filme agarrou os anos 90 com tudo, tornando-o um clássico que faz muitos espectadores se sentirem nostálgicos. Além disso, suas qualidades de metalinguagem (o conhecimento de o gênero de terror existe, detalhar suas regras e ainda quebrá-las) é algo sólido e que trava um diálogo de fã para fã do cinema de horror.
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